SABER ENVELHECER SEGUNDO CICERO
- Nathaly Sampaio
- 21 de out. de 2015
- 2 min de leitura
Cicero nasceu em Arpino, uma cidade muito próxima de Roma, foi um político influente jurista, orador e, filósofo. É um dos mais importantes autores de língua latina. A obra saber envelhecer é um diálogo, dedicado a Tito de Ático, cuja a temática aborda a velhice. Cicero, tenta compreender o porquê da velhice ser tão objurgada por seus contemporâneos. Cicero elenca quatro razões pelas quais, as pessoas reprovam a velhice: Ela nos afasta da vida ativa, enfraquece nosso corpo; nos priva dos melhores prazeres e, nos aproxima da morte. Cicero intenta em sua argumentação apologética fazer com que percebam que o processo de envelhecimento não deve ser tão repreendido e que consiste na verdade em uma verdadeira arte. A arte de envelhecer é, encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois, todas tem sua virtude.
Cicero, afirma que a velhice não nos afasta da vida ativa, pois, a atividade pública depende muito mais da lucidez e sabedoria e que essas são qualidades de que a velhice não se priva. Ela não interfere na tomada de decisões. Cicero, acrescenta que se essas qualidades não estivessem presente na velhice, não se atribuiria o nome Senado ao Conselho Supremo cuja significação é Assembleia de anciãos. E em relação ao declínio da memória que possa vir a ocorrer, Cicero afirma que isso só irá acontecer caso não cultivemos nosso espirito. Cicero afirma que a velhice, por mais que nos torne mais fracos, devemos cuidar de nossa saúde, praticar exercício, beber e comer para recompor a energia. A o cultivo da sabedoria é mais importante. Cicero afirma que na velhice a voz atinge uma tonalidade capaz
de apreender a atenção de uma multidão e que a eloquência e a fala pausada torna o discurso de um ancião mais atrativo além disso, a convivência com jovens estudiosos é o que há de mais agradável. Cicero que a busca aos prazeres carnais, é possessiva e sem controle e que a velhice nos pouparia do que a juventude tem de pior. A sabedoria é a dádiva mais desejada, logo o instinto sexual é seu inimigo, quando dominado por esse instinto não se pode formular nenhum pensamento, além disso, leva a cometer adultérios e traições a pátria entre outras violações. Em relação a morte, Cicero afirma que não se deve temê-la, pois, ela é inevitável. A morte pode não ocorrer necessariamente na velhice, mas ela pode ocorrer em qualquer estágio da vida, tanto na velhice quanto na juventude. Cicero afirma ser grato pela velhice ter aguçado o seu gosto pela conversação e em sua sabedoria.
Referencia: Cicero, Marco Túlio. Saber envelhecer. Editora L&pm, Porto Alegre. 2013
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