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Julho: Inclusão Social

  • Foto do escritor: Nathaly Sampaio
    Nathaly Sampaio
  • 10 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura


Tratando-se de Filosofia, uma seção da investigação humana que pensa fundamentalmente os princípios interpretativos de qualquer área do conhecimento, inclusive do próprio conceito “conhecimento”, faz-se necessário, para qualquer pessoa que tente adentrar os domínios da pesquisa filosófica, entender que as palavras que são usadas no cotidiano ou na pesquisa científica, ganham sentido a partir de uma intencionalidade, a qual está diretamente relacionada com a mente do ser humano e sua capacidade de significação. O significado não está nas palavras, mas as palavras são usadas como um instrumento de comunicação de significados. Por vezes, não possuindo um vocabulário sedimentado, isto é, adquirido através do ensino e aprendizado, uma pessoa pode estar excluída do próprio ato de diálogo ou dialética. Tal exclusão, de modo mais grave, pode acontecer além do estudo da Filosofia: pode ocorrer no próprio meio social em que o ser humano vive.










Uma das características centrais do ensino da Filosofia é possibilitar, ao homem ou mulher, o desenvolvimento da capacidade de análise intelectual sofisticada, os quais lidam, dentro da Filosofia, diretamente com o sentido dos termos que utilizam. A partir da compreensão que a linguagem é apenas um meio e não um fim, as pessoas começam então a adentrar na ação dialógica com maior propriedade.As palavras, ao invés de dominar o ser pensante, passam a ser submetidas por ele. A linguagem se transfigura de senhora à escrava daquele que a usa. Henri Bergson, um renomado filósofo francês do século XX, dizia que é necessário partir dos significados às palavras, e não o contrário. Já Mário Quintana, um grande escritor brasileiro, disse certa feita, metaforicamente, que as palavras devem ser domadas.

Ora, quando o homem assimila tal propriedade de saber lidar com os significados e conhece as palavras que o ajudarão nessa lida, ele ganha capacidade de inclusão social. Como é comum vermos em nosso país pessoas com baixa escolarização sendo manipuladas através da linguagem por figuras públicas cultas, porém de mau caráter, ligadas a mídia ou a política, ou ambos. Tais pessoas desqualificadas educacionalmente em um sentido formal acabam por ser lesionadas por outra lesão constitucional: a falta de acesso à educação. Portanto, a urgência da Filosofia como disciplina formal desde cedo na formação humana é uma condição sem a qualas pessoas não conseguiram se libertar da escravidão da ignorância e da falta de reflexão crítica. As palavras devem ser domesticadas pelas pessoas para que possam, ao menos, incluírem-se na sociedade e tomar suas decisões com autonomia. A Filosofia pode, assim, ajudar nesse processo de inclusão.


 
 
 

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